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CARIÓTIPO E MECANISMO DE DETERMINAÇÃO DO SEXO DO GRILO FALANGOPSÍDEO Melanotes moraesi (ORTHOPTERA, GRYLLIDAE) - III Congreso Uruguayo de Zoología - 2014

As informações sobre os cromossomos dos grilos da subfamília Phalangopsinae são escassas. Atualmente tem-se o registro cariotípico de apenas 24, das cerca de 300 espécies descritas, com número diplóide variando de 2n=11 a 21, sendo o mecanismo de determinação do sexo do tipo X0 o mais encontrado. O objetivo desse trabalho foi descrever o cariótipo e o mecanismos de determinação do sexo do grilo falangopsídeo Melanotes moraesi, que ocorre na Mata Atlântica do Sudeste do Brasil. Os indivíduos foram coletados na Estação Biológica de Santa Lúcia (EBSL), cidade de Santa Teresa, Estado do Espírito Santo, Brasil. Testículos, ovários e cecos gástricos de machos e fêmeas, adultos e pré-adultos foram injetados com colchicina 0.05%, por 3h, hipotonizados em Citrato de Sódio 0.075M, por 5min e fixados em Carnoy I. As lâminas foram coradas com orceína lacto-acética 0,5%. Os exemplares analisados apresentaram 2n=12 + X♂ e 2n = 12 + XX♀, com mecanismo de determinação do sexo do tipo X0. O cariótipo apresenta quatro pares de metacêntricos (pares 1, 2, 3 e 6), um par de submetacêntricos (par 5) e um par de acrocêntricos (par 4). O cromossomo X é metacêntrico, e juntamente com o par 1, mostra-se como o maior elemento do complemento. Ocorre constrição secundária no braço curto dos homólogos do par 1. Embora Phalangopsinae seja um táxon representativo em número de espécies nas florestas tropicais, o conhecimento sobre o cariótipo das espécies é bastante reduzido. Considerando que em Grylloidea os casos de fusão cêntrica são bem mais freqüentes que os de fissão, deduzimos que o cariótipo de Melanotes moraesi seja derivado dentre os Phalangopsinae. Novas espécies precisam ser estudadas para se compreender as relações cariotípicas do grupo. Agradecemos à Estação Biológica de Santa Lúcia, ao PROTAX/CNPq (562229/2010-8), FAPEMIG e CNPq (Biota de Orthoptera do Brasil).